A maior criptomoeda do mercado recuou 9% desde que flertou com o patamar dos US$ 100 mil,
O
#Bitcoin (BTC) flertou com o patamar dos US$ 100 mil no final da semana passada, puxado pelo otimismo com a vitória de
#DonaldTrump , que neste ano demonstrou forte apoio à indústria cripto. Desde então, no entanto, a maior criptomoeda do mercado recuou 9%, para a faixa dos US$ 90 mil, e depois voltou a subir para US$ 95 mil, mostrando que a volatilidade ainda faz parte do mercado.
Dados do The Volatility Laboratory (V-Lab), da Universidade de Nova York (NYU), mostram que o grau de variação do preço do ativo digital no último ano foi de quase 60%, ante 19% do CBOE Volatility Index, que mede a expectativa de volatilidade das ações com base nas opções do S&P 500. Ou seja, três vezes maior.
Parte do sobe e desce recente do preço se deve à realização de lucros dos investidores. Estudo da plataforma CryptoQuant mostra que os detentores de BTC de longo prazo venderam mais de 728 mil unidades da cripto nos últimos 30 dias, o equivalente a US$ 67 bilhões – mais que o valor de mercado do Itaú (ITUB4). “Isso marca a maior liquidação desde abril”, escreveu a plataforma no X, na terça-feira (26).
Mychel Mendes, sócio da Tokeniza, disse na tarde de ontem para a reportagem que o movimento atual já era esperado. “Quem investiu na
#criptomoeda em 2021 tem um preço médio por volta de US$ 20 mil a US$ 30 mil. Já aqueles que entraram mais tarde compraram por volta de US$ 70 mil a 80 mil e, atualmente, estão obtendo ganhos de 20% a 30%. Esse grupo aproveitou o momento favorável do mercado para realizar lucros, o que é um movimento natural.
Preço deve cair mais ou subir?
Segundo Mendes, o preço pode recuar um pouco mais, talvez para algo em torno de US$ 90 mil, antes de retomar a tendência de alta, já que os investidores que venderam a US$ 100 mil podem aproveitar para recomprar a US$ 90 mil. Ontem à noite, a cripto realmente encostou nos US$ 90.796. Na manhã desta quarta-feira (27), o Bitcoin era negociado a US$ 93.079; nesta tarde, pulou para US$ 95.400.
“Os gráficos mensais ainda apontam para uma tendência de alta contínua. Além disso, vejo como um ponto extremamente positivo a possibilidade de uma valorização expressiva das
#altcoins nos próximos dias ou semanas, impulsionada pela estabilidade recente no preço do Bitcoin.”
Vale investir agora?
Paula Reis, Analista CNPI-T parceira da Ripio, foi uma das especialistas que ventilaram em meados de novembro que a cripto poderia passar por correção, podendo cair para US$ 91 mil ou US$ 86 mil. Segundo ela, “é uma oportunidade para quem está de fora comprar nos patamares de US$ 91 mil a US$ 86 mil”.
Ela também disse que renova a previsão de que o Bitcoin pode bater nos US$ 120 mil neste ciclo de alta – parte dos especislitas locais ainda acredita nos US$ 100 mil até o final de 2024. Neste mês, a corretora Bernstein voltou a reafirmar a aposta no preço de US$ 200 mil até 2025, puxado principalmente pelo otimismo com a vitória de Trump.