Justin Sun, fundador da blockchain Tron, foi eleito o novo primeiro-ministro de Liberland, uma micronação europeia que afirma ter 99% de suas reservas em Bitcoin.

Esta pequena ‘micronação’ situada no lado croata do Rio Danúbio declarou a notícia em seu site oficial após conduzir uma votação por meio de blockchain. A eleição foi conduzida pelo congresso de sete membros de Liberland, que representa os 1.000 residentes da nação.

Sun assume o lugar de Vít Jedlička, um político tcheco que fundou Liberland em 2015. A campanha de Sun focou na ideia de Liberland como um centro de libertarianismo, muito parecido com a Cidade do Vaticano, que é para católicos. Além de Sun, Evan Luthra e Jillian Godsil também foram eleitos. Vale a pena notar que Sun e Luthra são novatos na cena política em Liberland.

Liberland tem um sistema bastante descentralizado com sete membros do Congresso que representam aproximadamente mil residentes do país. Seguindo os princípios focados em cripto da organização, Sun foi eleito no dia 6 de outubro por meio de um processo de votação baseado em blockchain.

Bitcoin domina as reservas de Liberland

No entanto, Liberland não é reconhecido por nenhum dos estados-membros das Nações Unidas, e seus países vizinhos, Croácia e Sérvia, rejeitam a existência do estado. Algumas pessoas até especularam que a micronação poderia ser um golpe publicitário.

 Apesar disso, Liberland ainda está tentando ser reconhecida diplomaticamente, com tentativas de ganhar o favor da Argentina, El Salvador e Somalilândia. Até o presidente da Argentina elogiou Liberland publicamente.

Liberland é financiado principalmente por doações e também vende passaportes, selos e moedas. Quase tudo é investido em Bitcoin, enquanto sua moeda nativa, o token Liberland dollar ($LLD), já é negociado em exchanges descentralizadas.

O status de Liberland continua controverso. Está situado na planície de inundação entre a Sérvia e a Croácia e foi declarado uma área disputada por causa do conflito em andamento entre elas.

A nova posição de Sun como primeiro-ministro é seu segundo posto diplomático após ser nomeado embaixador da Organização Mundial do Comércio para Granada de 2021 a 2023. Seu papel em Liberland ainda é bastante indefinido, mas Sun disse que quer aplicar o princípio do governo pequeno ao resto do mundo. Sun ressalta que Liberland não tem impostos, é um governo voluntário e é um estado laissez-faire, que pode se tornar um modelo para outros países.