Guia para iniciantes sobre DeFi

2021-05-03

O termo DeFi, do inglês Decentralized Finance, representa uma nova maneira de operar finanças, de modo aberto, global e que atenda as demandas da era da internet rápida. Ele se apresenta como um sistema financeiro alternativo ao sistema tradicional, que é extremamente controlado por governos e instituições. 

Bitcoin e revolução nas finanças

O Bitcoin (BTC) foi o precursor dessa nova era nas finanças globais, ao apresentar um projeto de uma forma inovadora de dinheiro que não é controlado por qualquer instituição governamental ou bancária, como acontece com as moedas fiduciárias, como o Real, o Dólar e outros ativos estatais. 

Diferente também das moedas estatais, o BTC pode ser enviado por qualquer indivíduo para outro de qualquer lugar, sem a necessidade de alguma instituição financeira fazer conversões de moedas e passar as informações para um banco central, cobrando taxas por isso, é claro. Desse modo, o Bitcoin é uma moeda descentralizada. 

Finanças Centralizadas

Os sistemas financeiros conhecidos até agora são completamente centralizados. Bancos ou qualquer outra instituição financeira, como por exemplo a Bolsa de Valores, possuem alguma autoridade central de comando público ou privado. 

Desta forma, alguns problemas centrais dos sistemas econômicos, de todos os tempos e todos os lugares, tais quais, desvio de verba, favorecimento de uma classe em detrimento de outras e a inflação são perpetuados por aqueles que controlam o dinheiro e ditam as regras das finanças. 

Uma marca central das finanças centralizadas está no poder exercido pelas instituições bancárias. Estas cobram taxas exorbitantes pelos serviços, e, pelo poder econômico obtido com isso, desenvolvem uma relação de favorecimento com os poderes que legislam o sistema. 

Tecnologia e DeFi

Com a possibilidade de haver um sistema financeiro descentralizado, semelhante a como ficou o dinheiro a partir do BTC, a tecnologia possibilita que o DeFi seja um sistema com maior autonomia diante dos grupos que estão no poder da economia. 

Através de um sistema automatizado, que opera na Blockchain, há a possibilidade de moedas digitais, bolsas de criptomoedas e outros serviços financeiros funcionarem sem um governante. A blockchain atua como uma espécie de espaço virtual de arquivos, que pode validar e manter os registros de forma inviolável e autônoma.  

Com a criação da blockchain Ethereum, foram desenvolvidos os dapps. Eles atuam como infraestruturas descentralizadas projetadas para determinar as regras de como certo sistema funcionará. A partir do momento em que são liberadas, elas são imutáveis. Uma vez que há dapps descentralizados, há a possibilidade de construir o sistema financeiro descentralizado que funciona através da confiança que essa tecnologia transmite aos usuários, ao invés de uma instituição que interfere no ecossistema DeFi. 

A Ethereum também possibilitou um outro importante elemento nas finanças: os contratos. A blockchain dessa plataforma disponibiliza os contratos inteligentes, os quais partes de um negócio podem usá-los, ao invés de recorrer a um cartório. 

Stablecoins 

Visto que não pode haver finanças sem moedas de troca, nos mercados financeiros baseados na blockchain, é claro que os ativos de negociação seriam as criptomoedas

No entanto, se você conhece o mínimo sobre esses ativos de criptografia, deve saber que eles são populares principalmente por terem seus preços extremamente voláteis. Isto quer dizer que sua valorização e desvalorização é intensa e ininterrupta. 

Dessa forma, criptomoedas estáveis, as chamadas stablecoins, com a variação de preço pareada em alguma moeda estatal forte, trazem para o DeFI o aspecto de estabilidade e segurança que facilitam as negociações, tanto entre os usuários de finanças descentralizadas, quanto entre essas e as tradicionais.

DEX

As DEX (decentralized exchanges), corretoras descentralizadas, são um outro componente vital na DeFi. Sem a necessidade de uma instituição para intermediar isso, o trade (negociação) acontece diretamente entre as carteiras de dois negociantes.

Mercado financeiro descentralizado 

Uma vez que todos os fatores econômicos passaram a existir no ecossistema da criptografia, de forma também descentralizada, tem-se assim um mercado financeiro próprio. Este cenário é descentralizado e se destina à negociação de ativos digitais de maneira integrada. Desse modo, as transações podem ocorrer de forma a evitar instituições o máximo possível, no modo P2P, isto é, de negociante para negociante. 

 

Riscos

Como todo ambiente financeiro, o ecossistema da DeFi também tem riscos. E já que esse modelo econômico é promissor, para não ficar de fora, o melhor a fazer é conhecer os riscos e geri-los. Conheça alguns riscos de investir por meio de finanças descentralizadas:

Ciberataque

Todo cenário onde as negociações de DeFi acontecem é virtual. Uma vez que ele depende da internet para existir, ele não poderia estar imune a ataques de hackers e tentativas de fraudes. 

Falta de intermediários jurídicos

Embora haja uma enorme vantagem em separar as finanças dos poderes do Estado, problemas que podem acarretar em um tribunal judiciário se tornam complexos, visto que ainda não há um código de leis específico sobre as operações de DeFi. 

Para a melhor gestão de riscos, ao investir por meio de algum produto ou serviço descentralizado, conheça primeiro os detalhes do funcionamento, como taxas e condições. Também tenha conhecimento da outra parte com quem você está negociando, para que não caia em algum golpe.

Conclusão 

Maior transparência, interoperabilidade, liberdade e flexibilidade são aspectos que se destacam nessa nova proposta para as finanças mundiais. É claro que esses benefícios só podem ser absorvidos gradativamente e por meio de uma nova educação econômica, que enfrenta por certo o ataque de um sistema que se sente ameaçado. 

 

Para conhecer mais sobre DeFi e como operar no mercado das moedas digitais, cadastre-se na plataforma Binance e tenha acesso ao futuro da economia descentralizada. 

E, para que você fique ainda mais informado, separamos 5 artigos que vão te auxiliar nessa descoberta do mundo das criptomoedas: