A Tether anunciou um total de US$ 835 milhões em ativos principalmente vinculados a várias atividades criminosas, como roubo (resultante de hacks de blockchain e exchanges), juntamente com porções menores associadas a outras atividades ilícitas. O emissor da stablecoin cooperou ativamente com 31 agências de aplicação da lei em todo o mundo, auxiliando em investigações abrangendo 19 jurisdições diferentes.

Entre os países com os quais a Tether colaborou estão Brasil, Cingapura, Filipinas, Alemanha, Coreia do Sul, Noruega, Polônia, Suíça, Grécia, Canadá, Estados Unidos, etc.

Tether congela endereços vinculados ao terrorismo

No comunicado à imprensa, a Tether revelou o congelamento de 32 endereços contendo US$ 873.118,34 que foram descobertos como tendo conexões com atividades ilícitas em Israel e na Ucrânia. Em particular, a empresa tem trabalhado em conjunto com o Escritório Nacional de Combate ao Financiamento do Terrorismo de Israel (NBCTF) para combater o terrorismo e a guerra financiados por criptomoedas.

Embora o valor congelado pela Tether represente apenas uma pequena fração do custo de US$ 445 bilhões imposto à economia global pelo crime cibernético, o emissor da stablecoin USDT disse que sua capacidade de congelar e devolver fundos roubados aos seus legítimos proprietários "demonstra os novos recursos inovadores e o nível de segurança que as tecnologias blockchain podem trazer ao sistema financeiro global".

Em um comunicado, a Tether também afirmou que visa coibir o uso criminoso de criptomoedas, trabalhando em conjunto com agências de segurança pública em todo o mundo. Ao destacar que as criptomoedas são uma ferramenta poderosa, mas não para o crime, o recém-nomeado CEO da Tether, Paolo Ardoino, afirmou:

Ao contrário da crença popular, as transações com criptomoedas não são anônimas; elas são os ativos mais rastreáveis ​​e fáceis de rastrear. Cada transação é registrada na blockchain, tornando possível para qualquer pessoa rastrear a movimentação de fundos. Consequentemente, criminosos tolos o suficiente para usar criptomoedas para atividades ilegais serão inevitavelmente identificados.

A Tether já congelou milhões de USDT vinculados a entidades maliciosas. Em agosto, a empresa anunciou o congelamento de US$ 20 milhões vinculados a um golpista de phishing. Em 2021, a Tether também congelou US$ 1,7 milhão roubados na exploração do protocolo da Yearn Finance.

Paolo Ardoino assume o cargo de CEO da Tether

A gigante das stablecoins fez um investimento estratégico na mineradora de Bitcoin listada na Alemanha, Northern Data Group, em setembro, como parte de seu esforço de expansão para além das fintechs. Ao mesmo tempo, o USDT também testemunhou um crescimento significativo nas corretoras, apesar de uma retração mais ampla do mercado.

Em meio à dinâmica de mudança, a Tether anunciou uma surpreendente mudança na gestão após nomear Ardoino como CEO da empresa.

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